No dia 02 de abril tivemos a visita, lá na Livraria do Trem, da Fernanda Spíndola que é estudante do Curso de Biblioteconomia da UFRGS. Já em fase de conclusão de curso a sua pesquisa tem como o foco o Vinil, isso mesmo os famosos e saudosos LP’s. A estudante está coletando depoimentos de colecionadores, estudiosos, comerciantes e profissionais que trabalham com essa mídia. E neste primeiro sábado de abril foi a nossa vez... Eu e o Cesar “China” Meirelles gravamos (em vídeo) uma entrevista para Fernanda falando de nosso trabalho nesta área. O encontro foi muito bacana, apesar do aparente desconforto de estar sendo filmado. No fim tudo ocorreu conforme o esperado eu quase não falei nada, quem me conhece sabe que eu não gosto de falar mesmo, ao contrário do China que não parou um minuto com sua explanação e forte argüição sobre o mercado dos discos de vinil (risos), e quem conhece ele sabe do que estou falando (risos novamente)...
Bom deixando as brincadeiras de lado eu quero agradecer a Fernanda Spíndola por nos colocar em seu roteiro de pesquisa. Falo isso, pois estamos trabalhando há pouco tempo com LP’s e ficamos muito surpresos e contentes com o contato feito por ela. Desejamos muito sucesso em seu trabalho de pesquisa que certamente ocupará um espaço vazio nas prateleiras de nossas bibliotecas. São poucas as pesquisas que tratam do fascínio, muitas vezes até com certa ambigüidade, que esta mídia produz em tempos de volatilidade, descartabilidade e velocidade exacerbadas.
Neste contexto é interessante saber como algumas pessoas são subjetivadas pelos LP’s e que espaço o disco de vinil ocupa hoje em nossa sociedade? O vinil é um mercado saudosista, é o antigo que se reinventou ou tudo isso e mais um pouco? Acredito que mais importante do que as respostas para essas e tantas outras questões seja a própria intensidade das perguntas e principalmente a inquietude daquele que as pergunta.
Para quem quiser dar uma espiadela no processo de pesquisa da Fernanda Spíndola é só acompanhar o Blog Vinil em Rede. Lá você encontra os comentários da autora sobre a pesquisa e as transcrições (que é o que menos tenho saudade do meu tempo de bolsista) de algumas das entrevistas que vem sendo realizadas por ela.
Daniel cunha